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19.01.16

Aluna do Colégio Antônio Vieira é finalista em concurso de jornalismo

Brenda Sales, aluna do Colégio Antônio Vieira (3ª série EM de 2015), participou como uma dos finalistas do Concurso Jovem Jornalista, realizado pelo Grupo A Tarde de Comunicação.

Brenda Sales, aluna do Colégio Antônio Vieira (3ª série EM de 2015), participou como uma dos finalistas do Concurso Jovem Jornalista, realizado pelo Grupo A Tarde de Comunicação. A solenidade de premiação aconteceu no dia 11 de dezembro, no Museu de Arte da Bahia. A inciativa, realizada anualmente, tem como proposta principal incentivar a formação de jovens leitores, por meio de produções próprias, utilizando os meios de comunicação como ferramenta de ampliação de visões do mundo. Em 2015, o tema central escolhido foi “Histórias de Vida” e envolveu estudantes do Ensino Fundamental, Ensino Médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

O Concurso Jovem Jornalista integra o Programa A Tarde Educação, presente em todas as regiões da Bahia, atendendo a mais de 1000 escolas, entre públicas e particulares. Na edição de 2015, os participantes se envolveram totalmente com o tema proposto. “A ideia desse concurso cultural é de promover entre crianças, adolescentes e jovens o protagonismo juvenil. Queremos que eles despertem para o talento que possuem e utilizem isso para o processo de ensino-aprendizagem. Tivemos mais de 200 inscrições, realizadas em torno de 30 dias, o que é algo extremamente satisfatório. Esperamos que em 2016 possamos alcançar números ainda mais expressivos”, ressaltou a coordenadora do projeto, Geórgia Alves.

Quatro categorias formam o Concurso Jovem Jornalista: Tirinha, Videorreportagem, Artigo de Opinião e Reportagem Escrita. Para Brenda Sales, a sua participação foi um grande desafio. “Inicialmente eu não queria me inscrever, pois estava na reta final do ano letivo e o vestibular se aproximava. No entanto, a oportunidade de fazer parte de um concurso estadual me deu motivação. Escrevi a reportagem exclusivamente para o Jovem Jornalista e realizei a minha inscrição no último momento. Recebi o contato deles e fiquei feliz por estar entre os finalistas”, contou ela.

O tema da reportagem que rendeu a Brenda o quarto lugar foi o projeto “Sobre Vidas Severinas”, realizado durante o mês de setembro, no Vieira. “Eu me envolvi muito com as ações e quis contar um pouco do que fizemos na escola contra as agressões sofridas pelas mulheres na nossa sociedade. Estar entre os finalistas foi uma grande conquista para mim e fortaleceu ainda mais a minha vontade de ingressar na faculdade de jornalismo e continuar nesse caminho”, revelou ela.

Veleda Sales, mãe de Brenda e ex-aluna do Vieira, ficou feliz pela participação da filha no concurso. “A inscrição foi espontânea. Ela sempre gostou muito da leitura e a sua carreira está se direcionando para a área das Ciências Humanas. Essa necessidade de se expressar através da escrita é um grande diferencial que a juventude de hoje, nessa época de redes sociais, precisa valorizar cada vez mais”, ressaltou.

Leia abaixo o texto escrito por Brenda Sales:

Com a realidade das agressões contra as mulheres, alunas promovem manifestação

A imagem da mulher teve que passar por várias escolas literárias para deixar de ser inatingível e idealizada. Hoje, constata-se a forte presença de mulheres na literatura brasileira, descontentadas com a abordagem romântica e não se restringindo ao existencialismo. Fora da literatura, elas também buscaram o protagonismo, a liberdade ereivindicammedidas contra disparidades de gênero, tais como diminuir efetivamenteos índices de agressões contra mulheres.

O memorável tema da redação do ENEM (Exame Nacional do ensino médio), de 2015, abrangeu a persistência da violência contra a mulher. Com isso, houve a inflamação da discussão do porquêpermaneceuma quantidade assustadora de mulheressendo vítimas de agressões, em suma cometidas por seus parceiros, mesmo existindo a lei Maria da Penha e do feminicídio. Esses dados expostos para os 7,7 milhões de candidatos, reascendeu o debate sobre as desigualdades de gêneros e sua conclusão: as mulheres brasileiras ainda não alcançaram a equidade.

Nesse mesmo histórico 2015, o Colégio Antônio Vieira vivenciou um incrível projeto, um mês dedicado às minorias sociais, projeto nomeado de “sobrevidas severinas”. Foram palestras, saraus, debates, exposições e diversas outras manifestações culturais. Mariana Queiroz, uma das representantes do projeto, contou que “foi um marco na história das minorias do colégio”.

Uma dessas manifestações, inclusive uma das mais marcantes, envolviam várias alunas, maquiadas como se tivessem sido agredidas, vestidas de preto (analogia ao luto), de mãos dadas e, periodicamente, uma das participantes falava uma frase abusiva, comumente pronunciada por vários homens brasileiros, enquanto em resposta, todas as outras mulheres respondiam com “machismo mata!”.

Várias outras alunas se juntaram ao grupo, deram as mãos, as lágrimas escorriam e depois, juntaram-se em um abraço coletivo. Uma demonstração da união, perante a dor uma das outras, dando a verdadeira significação ao termo “sororidade” – pacto de proteção e alento entre as mulheres. Mariana disse que o ato foi um “recado aos homens que nos oprimem (mesmo inconscientemente) todos os dias: juntas somos mais fortes”.

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