Núcleos de protagonismo estudantil do Vieira debatem questão indígena na pandemia
NAV e Neims promoveram mesa-redonda aberta aos alunos do 9º ano EF à 3ª série EM
“É possível fazer muito mais do que se imagina. E o primeiro passo é se informar!”. Com esta proposta, os núcleos de protagonismo juvenil do Colégio Antônio Vieira vêm se destacando na reflexão e debate de temas da atualidade. Neste mês de junho, no último dia 8, o Núcleo Ambiental do Vieira (NAV) e o Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Minorias Sociais (Neims) promoveram uma mesa-redonda sobre a questão indígena na pandemia.
O evento foi organizado pelos próprios estudantes que integram o NAV e o Neims tendo como público-alvo os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental (EF) à 3ª série do Ensino Médio (EM). Professores especialistas em Pedagogia e Sociologia, do Vieira e de instituições de Ensino Superior, também foram convidados para participar da mesa-redonda, realizada virtualmente pela plataforma Teams. A atividade nos núcleos permite aos estudantes desenvolver o senso crítico com autonomia, além de estimular a proatividade e contribuir na formação de repertório para a elaboração da redação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares.
“No caso da questão indígena do País, desde o início de 2020, já havíamos pensando em discutir o tema, mas logo veio a pandemia e acabamos adiando os planos, retomando-os agora, já com um recorte para o contexto atual”, conta o estudante Luís Filipe Ribeiro, aluno da 3ª série EM. Ele participa dos dois núcleos, sendo que, no NAV, faz parte da comissão organizadora. “A roda de conversa foi sensacional promovendo uma experiência muito enriquecedora para todos os participantes, ao nos permitir conhecer mais sobre a questão indígena, contribuindo para nos tirar um pouco da zona de conforto e enxergar porque essa questão é tão essencial no nosso dia a dia, porque esses povos estão em perigo com risco de extermínio e esquecimento, e o que a gente pode fazer a respeito”.
“BAGAGEM HUMANITÁRIA”
Foram tratados temas diversos, a exemplo da educação dos jovens indígenas no contexto da pandemia, o avanço do agronegócio e as questões de grilagem e garimpo ilegal em terras reservadas para comunidades indígenas. “Nós que vivemos, muitas vezes, em situação de privilégios, podemos, ao participar de eventos como este, sair da zona de conforto e enxergar mais da realidade de outras pessoas em nosso País, por exemplo”, diz Luís Filipe. Segundo ele, “todos os participantes agregaram ainda mais à bagagem intelectual, social e humanitária e, mesmo quem já conhecia um pouco da questão, teve acesso a novos conhecimentos que poderão agora ser compartilhados na defesa do tema junto a pessoas que julgarem interessadas também”.
Para o integrante do NAV/Neims, as atividades dos núcleos despertam os estudantes do Vieira para a reflexão e proatividade sobre situações que também comprometem o futuro das novas gerações e do Planeta. “O primeiro passo de tudo é a conscientização, combatendo o preconceito e a desinformação com conhecimento. A mesa-redonda integra-se a este objetivo porque para você lutar, combatendo um mal que afeta grupos de minorias sociais ou a toda a humanidade, é preciso, primeiro, entender que ele existe”, conclui Luís Filipe.
Fotos: Adriano Machado (Reuters), NAV e Neims
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