Vieira reafirma junto a colaboradores propósitos para uma educação antirracista
Tema foi tratado em formação especial de abertura do ano letivo envolvendo toda a equipe
A importância da educação de crianças e jovens também como um dos principais instrumentos para combater o racismo estrutural, aliada às decisões de todos, no dia a dia, quanto à adoção de novas posturas que contribuam para eliminar a prática, ainda tão lamentavelmente presente em nossa sociedade. Este foi o tema da formação de abertura do ano letivo, promovida pelo Colégio Antônio Vieira, destinada a todos os colaboradores da instituição.
O evento, realizado no último dia 2 no Salão Anísio Teixeira, contou com palestras da diretora-geral do Vieira, professora Mariângela Risério; do fundador da Articulação Afro Brasil SJ e ativista do Movimento Negro Brasileiro e da Pastoral Afro-Brasileira, padre Clóvis Cabral (foto acima), SJ; da orientadora educacional Camila Portugal e do pastoralista Rafael Nascimento, que integram a Articulação e também o Comitê para Educação Étnico-racial e de Gênero do Vieira.
Em sua palestra, a diretora Mariângela Risério reafirmou os propósitos da escola, a partir de “um Projeto Político Pedagógico que traz para o contexto local a missão mundial da Companhia de Jesus de formar mulheres e homens para e com os demais”, como frisou. A professora lembrou que “todos os documentos jesuítas e o próprio PPP do Vieira traduzem a identidade do colégio, que busca oferecer uma formação integral para as crianças e jovens, visando, no dia a dia, combater o racismo e o machismo estruturais na sociedade”. Ela lembrou que na capa do PPP tem um ipê, simbolizando a árvore que sempre tem florada o ano todo. “Nós, também, por meio da educação, precisamos fazer com nossas crianças e jovens floresçam”.
MAL ESTRUTURAL
Convidado especial para a formação, o padre Clóvis Cabral, SJ, fez um histórico de como o racismo acabou se tornando um mal estrutural na sociedade brasileira, reconhecendo a participação da Igreja em todo o processo, mas ressaltando o quanto a atual Igreja Católica e a Companhia de Jesus estão empenhadas em ações de remissão. “Por meio da Articulação Afro Brasil SJ, entre outras iniciativas das Obras Jesuítas, estamos pedindo perdão, com ações articuladas em rede, colaborando com a Igreja e nos colocando ao lado dos mais pobres e das pessoas negras e indígenas, nesse movimento em que a Companhia de Jesus está sempre se reformulando, buscando a percepção do que é ser realmente cristão”.
Também integrantes da Articulação Afro Brasil SJ, a orientadora educacional Camila Portugal e o pastoralista Rafael Nascimento mostraram, utilizando vídeos e músicas, como o racismo ainda é tão presente no cotidiano e o quanto “é importante que todos, negros e não negros, comprometam-se, no dia a dia, a adotar posturas antirracistas”, como frisaram. O evento foi conduzido pela colaboradora Verônica Gontijo, do Setor de Gestão de Pessoas (GP), contando também com a participação do Conselho Diretivo, reafirmando os valores do colégio e promovendo dinâmicas para descontração da equipe. Integram o Conselho, além da professora Mariângela Risério; a professora Ana Paula Marques, diretora acadêmica; o professor Sérgio Silveira, diretor de Gestão de Pessoas; Juliana Argollo, diretora administrativa e financeira; e, o padre Emmanuel Araújo, SJ, assistente espiritual.
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Fotos: Secom/CAV.
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