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“A pandemia pegou nosso filho em pleno processo de alfabetização e o principal receio e desafio dizia respeito a suprir a falta presencial de professores e de todo o ferramental pedagógico que possuem. Por outro lado, sou grato pela oportunidade que estou tendo de acompanhar esta importante fase de meu filho único e que, em circunstâncias normais, não me seria possível, pois costumava chegar à noite do trabalho, quando seria impossível revisar ou realizar tarefas com ele ao longo da semana. Devo evidenciar, entretanto, que a forte parceria com a escola, seja no modelo totalmente remoto ou híbrido, tem sido fundamental para que a alfabetização dele tenha transcorrido (e ainda esteja) com tranquilidade e sem aflições”.

Assim como revela o engenheiro e advogado Ney Maron de Freitas – pai do pequeno Gustavo, aluno do 2º ano do Ensino Fundamental (EF) do Colégio Antônio Vieira  – os receios iniciais, expectativas, tensões, assim como a sensação de alívio, após o acolhimento pela escola e aprendizagem revelada pela criança, têm feito parte do cotidiano de muitas famílias que estão vivenciando a imersão dos pequenos em um modelo inusitado de aprendizagem, em meio a uma pandemia. No caso de Gustavo, graças à atenção especial da família sempre atuando em parceria com a escola, os resultados positivos têm sido notados, não só na aprendizagem como no bem-estar do estudante.    

De acordo com a psicopedagoga Carla Moura, orientadora educacional do 2º ano do EF no Vieira, diante de um momento tão desafiador para toda a sociedade, algumas orientações são imprescindíveis para que as famílias possam, efetivamente, acompanhar e estimular o desenvolvimento das crianças, especialmente nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Ela revela algumas dicas para  que os pais e responsáveis contribuam ainda mais com o processo de aprendizagem dos pequenos, respeitando as questões próprias da infância. “São recomendações do Serviço de Orientação Educacional (SOE) do Vieira que não se limitam ao contexto de pandemia, podendo ser úteis em qualquer tempo”, frisa a “Pró Carla”, como é mais conhecida na escola. 

Confira agora as dicas imperdíveis da “Pró Carla” para estimular a aprendizagem das crianças!

1. Esteja presente – Dedique um tempo para interagir com a criança, através de brincadeiras, jogos, leituras, dentre outras propostas. Esta atitude favorece a aproximação com os interesses que ela revela, fortalecendo os vínculos entre vocês. Estudos demonstram que esses momentos apoiam o desenvolvimento socioemocional nessa faixa etária.

2.Escute com atenção – Converse sobre o que a criança sente. Isso faz com que ela se sinta acolhida e segura. Escutar a criança é imprescindível para que a família possa apoiá-la em suas dúvidas, medos e anseios, favorecendo trocas importantes sobre os acontecimentos do cotidiano.

3. Colabore com a organização de uma rotina – A rotina favorece o planejamento e a execução das atividades a serem feitas ao longo do dia. É essencial que a criança participe dessa construção! A rotina deve contemplar os períodos de estudo, mas também os tempos de descanso, brincadeiras, dentre outras atividades a serem realizadas. Esse movimento colabora no desenvolvimento da autonomia.

4. Acesse a agenda on-line – A agenda é uma das formas de comunicação entre escola e família, onde as atividades e comunicados são registrados. A criança pequena ainda precisa de apoio para gerenciar essas atividades. Por isso, acompanhe a agenda para que você possa orientá-la no que necessita ser feito e na seleção dos materiais para as aulas. Procure envolvê-la nessa organização!

5. Cuide do ambiente de estudo – Quando a criança estiver em casa, acompanhando às aulas de forma remota, é fundamental que fique em um ambiente iluminado, ventilado, sem ruídos ou distrações. O mesmo deve acontecer durante a realização das atividades de casa.

6. Dê suporte – Crianças menores precisam de um adulto por perto, caso seja necessário o apoio no manuseio de algum material, ou até mesmo da ferramenta utilizada para a aula, quando estão de forma remota. É importante que elas saibam que podem pedir ajuda. Apoiar não significa fazer o que precisa ser feito pela criança, nem estar ao lado dela o tempo inteiro. O movimento autônomo deve ser estimulado, sempre!

7. Converse sobre as aulas – Incentive a criança a contar sobre o que aprendeu nas aulas, a falar sobre suas dúvidas e também do que mais está gostando de estudar. Isso demonstra que você está interessado(a), aumentando a motivação para esses momentos. Valide cada conquista nova!

8. Atente para o excesso de cobrança – O contexto pandêmico já é bastante desafiador! Cobranças excessivas desfavorecem o desenvolvimento da criança. Por esse motivo, respeite o tempo de aprendizagem dela e valorize aquilo que ela já consegue fazer sozinha.

9. Evite comparações – No modelo remoto/híbrido é comum que as famílias acompanhem as aulas e observem as outras crianças da turma, na interação com colegas e professores. Atenção às comparações! As crianças são diferentes e os caminhos que percorrem para alcançar suas aprendizagens é individual.

10. Dialogue com a escola – A comunicação com a escola é indispensável para que as dúvidas sobre o desenvolvimento da criança sejam compartilhadas e para que as orientações necessárias sejam feitas. Essa parceria colabora com a aprendizagem, a partir do entendimento do que a família e a escola podem fazer para contribuir nesse processo. Na dúvida sobre qualquer direcionamento, entre em contato!

No Colégio Antônio Vieira, o Serviço de Orientação Educacional (SOE) está em constante diálogo com as famílias, apoiando na interlocução com os demais integrantes da equipe pedagógica, a fim de mobilizar os encaminhamentos necessários para o desenvolvimento integral dos estudantes. Os contatos, por série, estão disponíveis no site do colégio, na seção Fale Conosco. 

Fotos: Secom CAV e acervo pessoal