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Aprimorar o conhecimento sobre a Arte, compreendendo as diferenças entre as épocas e estilos dos artistas, além de desenvolver o senso crítico para a apreciação e construção das produções. Esta é um dos principais propósitos das aulas de Arte, que integram o módulo de Linguagens, como parte do Itinerário de Aprofundamento para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares, no Colégio Antônio Vieira.

Este mês, os estudantes da 1ª série EM visitaram o Museu de Arte Moderna (MAM) para complementar as aprendizagens das aulas da professora Joelma Serra. A coordenadora pedagógica da série, professora Léa Pontes, também acompanhou as turmas na atividade especial.

“Falando de forma figurada, podemos dizer que, no início do ano letivo, os alunos partiram de uma folha em branco e começaram a criar asas e voar rumo ao universo da História da Arte, sempre diante do desafio de transformar o que assimilavam com uma prática imagética de transformação, com repertório verbal e não verbal. Assim, saíram do modo passivo para o sujeito crítico e transformador, contextualizado na Arte e na Literatura”, destacou a professora Joelma. 

MÚLTIPLAS APRENDIZAGENS

Sobre a visita ao MAM, ela explicou as intencionalidades pedagógicas pautadas na interdisciplinaridade. “Estivemos no Museu de Arte Moderna para, primeiro, entender o espaço físico, porque ele tem não só um valor histórico,  mas também arquitetônico. É uma obra de Lina Bo Bardi, um prédio que data de 1548. Então, é interessante compreender de perto essa estrutura física da Casa Grande, capela, a parte de senzala também, entendendo que, embora seja um prédio histórico que hoje abriga arte, mas, no período colonial, já abrigou também esse lado sofrido e doloroso dos escravizados”, frisou. 

A professora Joelma ainda completou: “Depois dessas reflexões, visitamos uma mostra no MAM, que traz um pouco do acervo do museu. Nesta etapa também os alunos puderam materializar muita coisa que eles aprenderam em sala de aula, como toda a parte teórica de arte contemporânea, a partir da performance que viram da artista Marina Abramovic´. Assim, eles vão materializando os conhecimentos, apreciando vários tipos de trabalho que são instalações, mostra de fotografias, vídeos com performance, enfim, aplicando o que vão descobrindo nos espaços de aprendizagem, para além da escola, contribuindo, desta forma, para a ampliação do conhecimento sociocultural e para a criação de repertório, o que é também importante para uso nas redações, por exemplo”.

“ESCREVIVÊNCIAS”

As aulas do Itinerário de Aprofundamento em Linguagens na unidade ainda exploraram o conceito de “escrevivências”, termo criado pela escritora Conceição Evaristo. “As escrevivências apontam para uma dupla dimensão: é a vida que se escreve na vivência de cada pessoa, assim como cada um escreve o mundo que enfrenta”. A aluna Maria Áurea Costa gostou da atividade e saiu do MAM com uma certeza: “Não vou mais ao museu apenas para tirar fotos, agora vou para entender Arte”.