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“Tem criança na cozinha”, e não é programa de TV. É pura exploração do mundo real, divertindo e despertando crianças para a importância da alimentação e formas de preparo, para muito além dos joguinhos sobre o tema que geralmente elas exploram por meio das telas. Nas aulas no contraturno, os alunos que cursam o Tempo Integral do Colégio Antônio Vieira têm a oportunidade de aprender se divertindo, brincando de “chefs de cuisine“.  Mas, as atividades, na verdade, vão para muito além da brincadeira, alinhando-se ao projeto pedagógico do Vieira. O colégio também busca estar atento às restrições alimentares das crianças, como os casos de intolerância a glúten ou lactose.

“As atividades no espaço gourmet possibilitam trabalhar a educação alimentar, a partir de experiências que envolvem cores, sabores e texturas, possibilitando ampliar a prática de uma alimentação mais saudável. Dessa forma, o ambiente gourmet se torna um espaço potente de aprendizagem!”, destaca a coordenadora pedagógica do Tempo Integral, professora Eliana Fonseca. 

No Espaço Gourmet, tudo é sempre feito sob a supervisão de uma professora, em uma cozinha especialmente planejada e com vista para a área verde do Espaço Criançando, onde elas também têm momentos na horta. É também da horta que saem ingredientes fresquinhos, como alface, que é usada, por exemplo, na preparação de sanduíches pelas crianças. 

Sim, eles aprendem sobre alimentação saudável, prioritariamente, mas puderam, na Semana da Criança, abrir uma exceção para apreenderem também a fazer docinhos e guloseimas, como picolé de chocolate e “brigadeiro sem fogão”, para comerem somente eventualmente, conforme ensinado em sala de aula. Mais do que aprender a fazer lanchinhos, as aulas do gourmet também se alinham ao projeto pedagógico do semestre, conforme explica Patrícia Urpia, analista da coordenação pedagógica responsável pelo acompanhamento do Tempo Integral.

GOSTOSURA DE PRÁTICA  

“Esse momento do gourmet é feito uma vez por semana, em codocência pela professora regente e da educação bilíngue. “Se, por exemplo, no projeto pedagógico do semestre as crianças estiverem aprendendo sobre um país ou uma atividade cultural, as receitas estarão também associadas a esta aprendizagem”, exemplifica Patrícia Urpia.

Patrícia explica um pouco a prática. “No momento da receita, a professora explica a importância de todos os elementos ali. Então, eles colocam a mão na massa. Com toucas, luvas ou mãos bem limpas, eles mexem, manipulam os ingredientes, criando também essa proximidade com o alimento em atividade que também considera a faixa etária. No caso das crianças menores, elas vão conhecendo também alimentos ou ingredientes que não conheciam, como alguma fruta ou verdura, o que é muito importante também para o desenvolvimento da alimentação. Já as maiores gostam também de poderem manusear equipamentos da cozinha com segurança, contando ali com a supervisão do adulto, mas sempre com elas colocando a mão na massa”, completa Patrícia Urpia. 

As crianças, por sua vez, provam e aprovam as receitas, e as aulas. “Acho o momento do gourmet muito legal: ensina a fazer lanchinhos , desenvolve o sabor das pessoas, e cada receita é mais gostosa do que a outra”, diz a aluna Luiza Prates, da turma 4.  “As receitas são muito criativas. Às vezes, as professoras fazem, porque tem alguma coisa de fogo, essas coisas, mas, a gente sempre participa bastante”, revela Maria Beatriz Botecchia, da turma 5.  “Gosto muito das aulas e de ter aprendido a fazer brigadeiro de leite sem usar o fogão”, contou José Mendes, da turma 1.

Fotos: Secop/CAV.’